segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Raavanan
A 18 de Junho de 2010, o realizador tâmil Mani Ratnam fez algo inédito no cinema indiano: lançou, ao mesmo tempo, duas versões do mesmo filme. E não se trata de filmes iguais mas dobrados em línguas diferentes. Na sua afirmação constante de se tornar o realizador pan-indiano por definição, Ratnam filmou o mesmo filme duas vezes, uma em Hindi - Raavan - e outra em Tâmil - Raavanan.
No mesmo dia, foi também lançada a versão dobrada em Telugu de Raavanan - Villain.
A história que inspira Raavan/Raavanan é universalmente conhecida na Índia, independentemente da região. Trata-se do episódio mitológico do rapto de Sita, esposa de Ram, pelo demónio de 10 cabeças Ravana. Ram resgata Sita do cativeiro mas acaba por pôr em causa a fidelidade desta durante o período em que esteve com o demónio. E abandona-a.
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quarta-feira, 9 de junho de 2010
Coreografias Picantes do Cinema Indiano - Satrangi Re
Se esta não é a coreografia mais simbolicamente picante do cinema indiano moderno, não sei qual será.
Integra o não menos estranho - e belo - filme Dil Se e os protagonistas são Shah Rukh Khan e Manisha Koirala.
Ele é sempre fantástico e ela, mesmo não estando na melhor forma física nem tendo as melhores aptidões para este tipo de dança, é sem dúvida uma das senhoras com mais classe que o cinema indiano já viu.
O compositor é AR Rahman e os cantores são Sonu Nigam e Kavita Krishnamurti.
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Coreografias Ultrajantes do Cinema Indiano - Poovukkul
Composta para o filme tamil Jeans, de 1997, Poovukkul foi criada pela dupla AR Rahman/Vairamuthu. E musicalmente não há nada a apontar.
Mas este exagero de cenários estrangeiros e roupa pseudo-magnífica (que tornaram Poovukkul o vídeo musical mais caro de sempre na história do cinema indiano até hoje) acabaram por ter exatamente o efeito oposto do que era pretendido.
Aquela que poderia ser considerada uma "Maravilha Tamil" é, afinal, uma "Coreografia Ultrajante". Que pena...
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domingo, 20 de dezembro de 2009
Roja
Finalmente vi o meu primeiro filme tamil - ainda que dobrado em Hindi!
Já há algum tempo que queria ver Roja, e os motivos são vários: é o primeiro filme daquela que é chamada a "trilogia sobre terrorismo" do realizador Mani Ratnam (o mesmo de Bombay e de Dil Se) e tem a primeiríssima banda-sonora assinada por AR Rahman.
Descobri também que a fotografia foi assegurada pelo grande Santosh Sivan, por isso o filme tem imagens muito bonitas e poderosas. Um deleite visual.
Realizado em 1992, Roja tem como pano de fundo a questão do separatismo em Caxemira.
Tudo começa quando a aldeã Roja (que significa mesmo "rosa") casa muito contrariada com o ex-noivo da irmã.
Roja (Madhoo) é uma rapariga tamil muito simples e o seu novo marido, Rishi (Arvind Swamy), é um rapaz sofisticado da cidade, que trabalha para os serviços secretos indianos.
Rishi vai à aldeia tamil de Roja para conhecer a irmã dela - com quem tem um noivado arranjado -, e esta implora-lhe para que casa com outra, visto que ela já tem namorado e é com ele que quer ficar.
Rishi decide então casar com a encantadora Roja, que ao perceber o gesto do marido acaba por aceitá-lo e apaixona-se por ele.
Rishi é então chamado a Caxemira em trabalho, e Roja decide ir com ele. Rishi torna-se rapidamente um alvo dos separatistas, que o raptam e o levam para as montanhas, exigindo a libertação de um conhecido terrorista em troca da liberdade de Rishi.
A partir daí, Roja é forçada a enfrentar a indiferença das autoridades, que não estão muito interessadas em negociar a libertação de Rishi.
Roja apela primeiro à polícia, depois ao exército, depois ao ministro e inclusivamente ao terrorista cuja libertação é reivindicada pelo grupo separatista.
No entanto, os obstáculos são muitos.
Ela só fala Tamil e ninguém a percebe, e o máximo que consegue fazer é arranhar algumas palavras em Inglês e apelar emotivamente a tudo e todos para que a ajudem a resgatar o marido.
Ao longo do filme, vemos o contraste crescente entre Rishi, o refém, e a sua determinada mulher Roja.
Rishi grita "Jai Hind" aos separatistas enquanto estes o espancam e demonstra o quanto o seu patriotismo está acima de tudo.
Roja, é exatamente o oposto. Ela diz claramente que não quer saber da Índia nem de Caxemira, só quer o marido de volta.
A atuação da atriz Madhoo é simplesmente brilhante e o filme pertence-lhe, sem dúvida alguma.
O que realmente não é espetacular é a banda-sonora (ainda que com algumas faixas cantadas pela magnífica Chitra), mas damos o desconto por ter sido a primeira de AR Rahman.
Aqui fica um aperitivo.
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Taal se Taal
O tempo está chuvoso e esta é das poucas canções que conheço que consegue tornar apelativa a ideia de uma chuvada.
Taal é um filme mal-fadado para mim, comprei-o e não consegui vê-lo até ao fim porque não gostei do protagonista. É verdade.
Tive uma fase de compra desenfreada de filmes com a divina-gloriosa-espantosa-magnífica Aishwarya Rai e graças a isso acabei por ficar com alguns filmes de que não gosto muito.
Foi o que aconteceu com Taal que, no entanto, tem uma das melhores bandas-sonoras de sempre. E nem vale a pena dizer quem compôs.
Os cantores são Sukhwinder Singh, Alka Yagnik e Udit Narayan.
Já há muito que queria colocar este vídeo mas não arranjava uma desculpa. Cá está. É a chuva.
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Blue
Será isto um sinal óbvio do Apocalipse em jeito de sonho molhado gay?
Refiro-me, claro está, ao vídeo de Chiggy Wiggy em que vemos a diva australiana Kylie Minogue a dançar com o quebra-corações Akshay Kumar.
Meus caros, este é o primeiro single da banda-sonora do filme Blue, realizado por Anthony D'Souza com o já referido Akshay Kumar, Katrina Kaif e Sanjay Dutt.
O álbum foi composto por AR Rahman (que nesta faixa trabalhou com Kylie Minogue) e foi hoje lançado nos EUA, no Canadá e no Reino Unido, prometendo trazer ainda mais visibilidade ao genial AR Rahman lá para as bandas dos anglo-saxónicos.
Pessoalmente, não gostei, mas vai daí que eu também não gostei da coloboração de Rahman com as Pussycat Dolls. Acho-o demasiado bom para este tipo de música e para estas cantoras pop que vocalmente ficam muito aquém das habituais cantoras de playback do cinema indiano.
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segunda-feira, 23 de março de 2009
Ghajini
Depois de semanas de espera, finalmente o DVD de Ghajini foi lançado na Europa!
Finalmente pude ver se a expectativa era justificada e compreender o motivo de ser o filme indiano com mais receitas de bilheteira de sempre. Tem até direito a action figures e jogo de computador!
O nome do actor principal, Aamir Khan, já é suficiente para gerar uma grande antecipação. Trata-se de um intérprete que escolhe os projectos a dedo e que só nos tem dado grandes filmes e grandes interpretações.
Adicionalmente, este Ghajini é um remake pelo mesmo realizador (A.R. Murugadoss) do Ghajini em língua Tamil de 2005 com o actor Surya Sivakumar. E pelo que leio na internet, o Ghajini original causou furor.
Os dois filmes são por sua vez inspirados no americano Memento, de 2000.
A nível narrativo, o passado da personagem principal é-nos revelado através da leitura dos seus diários por personagens secundárias.
Tal como em Memento, o protagonista Sanjay Singhania sofre de perda da memória recente, pelo que tatua em si próprio notas importantes para não se esquecer. O que o move é vingar a morte da noiva, Kalpana (Asin, que desempenhou o mesmo papel no filme original), matando o seu assassino. E basicamente terminam aí as semelhanças entre os dois filmes.
Sanjay percorre as ruas da cidade em busca de Ghajini, o assassino, e vai matando impiedosamente quem quer que se atravesse no seu caminho. À medida que os seus diários são lidos, percebemos que Sanjay era um empresário muito bem sucedido que se cruzou com uma modelo de anúncios televisivos de bom coração e espírito altruísta, por quem se apaixonou.
Não querendo revelar todo o enredo, é esse mesmo espírito altruísta que acaba por levá-la até ao criminoso Ghajini, que a mata à frente do noivo.
Enquanto espectadora, se há coisa que me irrita é a constante vitimização sexual das mulheres no cinema. Ou seja, sempre que uma mulher é vítima de um crime violento ou de algum tipo de assédio, isso acaba sempre por ter contornos sexuais. Parece que é o destino das mulheres no cinema serem violadas ou molestadas ao invés de simplesmente espancadas ou assassinadas como acontece às personagens masculinas.
Como tal, achei muito bem que em Ghajini não houvesse aquela história de violar e matar a mulher do herói. Finalmente uma heroína que não recebe tratamento "especial" só por ser mulher.
Voltando ao filme. Tem coisas difíceis de digerir. E não estou a falar das cenas de violência pesada. É mesmo das músicas completamente despropositadas e dos interlúdios cómicos que estragam a cadência do filme e que simplesmente não se percebem.
Com excepção às excelentes Guzarish e Kaise Mujhe, a música é simplesmente demasiado animada para um ambiente que se quer sombrio e desesperado.Outra coisa que me deixou estragada: a cena roubadíssima do francês O Fabuloso Destino de Amélie em que Kalpana oferece ajuda a um cego para atravessar a rua e vai descrevendo o que se passa à sua volta. A cena em si foi feita de uma forma tão básica, tão desprovida de sensibilidade que se torna óbvio que não foi ideia deste argumentista.
Eu imagino que o cinema europeu não seja muito visto na Índia, mas os realizadores não se podem esquecer que há uma gigantesca comunidade indiana e paquistanesa na Europa que conhece filmes europeus e que se de facto o cinema indiano almeja conquistar novos mercados convém não dar aos europeus e aos americanos mais do mesmo daquilo que eles já conhecem. Dêem-nos cinematografia indiana, por favor.
Tirando estas duas questões, adorei Ghajini. A exposição de Aamir Khan é um pouco excessiva, não precisava de aparecer sempre tão produzido e com os peitorais expostos, mas enfim.
O facto é que tem uma actuação bestial, tal como a actriz Asin. Aliás, quase que arrisco dizer que gostei mais da personagem dela do que da dele. Parece muito tontinha, muito cabeça no ar mas tem um grande coração e um sentido de justiça firme.
E apesar de eu ter passado metade do filme com comentários do género "que exagero!" ou "que tanga!", o facto é que no final só não chorei porque estava acompanhada.
Para terminar, devo dizer que a edição que comprei a partir da Amazon UK vem com legendas em Português do Brasil impecáveis. Ou seja, as editoras estão preparadas para os PALOP, só é preciso haver distribuidores. Por acaso acho que Ghajini é capaz de ser editado em Portugal visto ter sido lançado pela Adlabs que por cá tem distribuição Dikebarnel.
Apreciem então a bonita Kaise Mujhe, composta por AR Rahman.
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Jodhaa Akbar
Mais uma incursão pelo patriotismo indiano que eu tanto aprecio nos filmes Bollywood, por Ashutosh Gowariker, o realizador de Lagaan.
Desta feita com a história de Jalaluddin Mohammad Akbar, um imperador mogul (desempenhado por Hrithik Roshan) e Jodhaa (Aishwarya Rai Bachchan) uma princesa rajput.
Apesar do género em si ser o histórico, a realidade factual do argumento é ténue, primando pelo que um filme deste género pode melhor: grandes cenários, centenas de figurantes e bom guarda roupa.
Jodhaa é uma princesa rajput, logo hindú, e uma das suas condições para casar com o imperador é precisamente a de que lhe seja permitida a construção de um pequeno altar a Krishna.
Esta, e outras particularidades do hinduísmo, causam algum tumulto na estrutura mogul islâmica, contribuindo para muito do enredo do filme.
Este filme é uma história de amor e de como, através deste, se descobre a tolerância.
Ao longo do filme, por um lado para agradar à princesa rajput e, por outro, por ouvir os apelos do povo, Jalaluddin toma medidas que aumentam a sua clivagem com o clero islâmico mogul, mas que tornam possível uma unificação real da Índia, não pela força, mas pelo amor ao imperador.Jalaluddin (à maneira de Asoka) vive uma história de amor entre adversários. Igualmente, é uma história de unificação pelo amor.
Pode não ter muito rigor histórico em termos de enredo mas, vi nos extras, que o tem bastante em termos de guarda roupa. Igualmente, a escolha de locais é espectacular proporcionando raros momentos de beleza arquitectónica mogul.
As cenas de batalha com grupos são espectaculares e estão bem feitas, as cenas de luta do imperador... são na maioria das vezes estranhas pelo exagero e pela duração, é o melhor que posso dizer.
A banda sonora, a cargo de A. R. Rahman não desilude, claro, mantendo o ambiente certo para o desenrolar da história com algumas belas canções.
A edição que vi (3 DVD) tem uns quantos extras, e das melhores transferências para DVD que vi recentemente em filmes indianos.
O filme está dividido em dois DVD, com o complementary "Intermission" para assegurar a melhor qualidade possível, que de facto se nota.
Definitivamente para quem gosta de:
1 - filmes "históricos"
2 - músicas bonitas
3 - bom enredo
4 - bons actores
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domingo, 7 de dezembro de 2008
Maravilhas Tamil
Ando a ficar cada vez mais interessada no cinema tamil, também conhecido por Kollywood. A palavra deriva do nome da localidade de Chennai, a capital do estado de Tamil Nagu, onde são produzidos os filmes - Kodambakkam.
Este meu interesse começou por causa da música, que costumo ouvir online através da NJ Tamil Radio enquanto estou a trabalhar ao computador. E tenho descoberto verdadeiras maravilhas!
Na verdade, o cinema tamil já tinha despertado o meu interesse antes, nomeadamente porque foi aí que a mega-diva Aishwarya Rai se estreou e porque algumas das músicas mais bestiais criadas por AR Rahman são compostas para filmes desta região.
Os filmes são difíceis de encontrar, nas lojas é mesmo para esquecer, mas há sites (cujos links acrescentei ao menu lateral) que vendem DVD para Portugal já com legendas em Inglês.
Partilho então a minha mais recente obcessão, a banda sonora do filme Sangamam de 1999, composta pelo já referido Rahman. Esta faixa, Sowkiyama Kanne, é cantada por Nithyasree Mahadevan, cantora carnática extraordinaire. Este é capaz de ser um dos melhores momentos de bailarico jamais vistos em cinema.
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Ghajini
Estreia a 25 de Dezembro e é um remake do filme tamil Ghajini, que por sua vez se inspira no americano Memento.
Parece que o novo corte de cabelo de Aamir Khan tem feito sucesso na Índia, tendo sido até proibido em algumas escolas (!).Aqui pelos lados do grandmasala tem a nossa aprovação, eheheh.
Tenho grandes expectativas para este filme, apesar de não ser grande fã de Memento.
A banda sonora é composta por AR Rahman por isso só pode ser excelente. E como do Aamir Khan só podemos esperar coisas boas, parece que desta vez a batalha é pela emancipação feminina. Nice ;)
Aqui fica o link para o site oficial e dois cartazes alternativos.
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Azhagiya Tamil Magan - Valayapatti
Faz exactamente um ano amanhã que estreou Azhagiya Tamil Magan (algo como "Belo filho tamil"), um filme tamil que eu ainda não vi mas que me deu a minha música preferida durante muitos meses (e que ainda está no iPod).
O cinema indiano não é só Mumbai e pelo que tenho ouvido, o cinema tamil costuma ter as melhores canções e esta não é excepção. Só podia ter sido composta pelo über-mestre das bandas sonoras, AR Rahman.
Vejam o vídeo, e digam lá se este não é o casal mais fofo de sempre!
Toca a bater o pé com Valayapatti.
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