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domingo, 11 de outubro de 2009

Mahal

Recentemente temo-nos dedicado aos clássicos do cinema indiano, que tantas belas peças nos reserva.

Mahal, realizado em 1949 por Kamal Amrohi (o do Pakeezah), é uma delas.

Este filme tem todo o interesse para os amantes do cinema indiano por diversas razões que mencionarei, mas o que me levou a querer vê-lo foi o facto de ser uma história de fantasmas, um género que muito aprecio.

O Sr. Ashok Khumar, que aqui desempenha o papel de Hari Shankar, vai viver para uma recém herdada mansão abandonada, de seu nome Shabnam Mahal, que, consta por aí, está assombrada.
Pouco tarda até que o Sr. Shankar se cruze com o fantasma de Kamini (Madhubala), a amante do antigo proprietário da casa e figura central do drama que se desenrolou na mansão e que levou à morte de ambos.

Hari desenvolve gradualmente uma obsessão por esta bela rapariga fantasmática e seus mistérios, regressando noite após noite para encontros fugazes.

O fiel amigo de Hari, Shrinath (Kanu Roy), preocupado com o rumo que a vida do seu amigo está a levar, tenta a todo o custo desviar-lhe a atenção para outros assuntos como o casamento com a bela - e viva - Ranjana (Vijayalaxmi).

E assim é que os dois se casam não sendo por isso que Hari esquece o seu amoroso espectro, votando ao abandono a sua esposa que lentamente definha não compreendendo o porquê de tudo isto.

Hari é a reencarnação do antigo proprietário da casa, logo, o legítimo amante de Kamini que, entretanto, o convence que para estarem juntos novamente ele se deverá suicidar ou, alternativamente, matar a filha do jardineiro que Kamini diz ser a sua reencarnação.

Chegando aqui não vou revelar mais do enredo - que dá umas belas reviravoltas ainda - mas falarei dos tais motivos que tornam este filme especial na história do cinema indiano.

Este foi um dos primeiros filmes a abordar o tema da reencarnação, bem como um dos primeiros thrillers de suspense da indústria do sudoeste asiático, abrindo o caminho para o cinema de ficção gótica indiano e, por isso, merece toda a atenção dos cinéfilos e estudiosos da arte.

Foi igualmente o filme que lançou as divas Lata Mangeshkar (com a sua bela cantoria) e Madhubala (com o seu digno rosto) para o estrelato.

É daqueles filmes que todas as pessoas devem mesmo ver mas... apesar da fotografia ser encantadora, as músicas bonitas e a história cativante, por vezes o ritmo quasi-nipónico (leia-se: muito lento) e a repetição de cenas como a Kamini no balouço a cantar tornam a obra um tanto ou quanto monótona para não dizer chata mesmo; ficam avisados.

2 comments:

Ibirá Machado disse...

Ah, poxa vida. E como acabo de lamentar lá no Cinema Indiano, queria tanto poder ter acesso a essas obras!

Por isso (mas não só!), gosto tanto aqui do Grand Masala. Onde mais poderia eu saber desses filmes?

Valeu, Rodolfo! :)

Rodolfo disse...

Obrigado Ibirá, fico muito feliz por tornar os teus dias melhores.

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