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terça-feira, 20 de abril de 2010

Cartaz - Silsila

Apesar de já aqui se ter falado sobre esta película, a colega b-o exigiu que lhe fizesse o obséquio de saber o que este vosso servo pensava da coisa, e não podendo eu recusar (arriscando a demissão imediata) tão simpático pedido, assim é, aproveitando a desculpa do cartaz.

Silsila tem muito dos ingredientes pelo qual se gosta de filmes Indianos, tanto quanto tem das razões porque não se gosta de filmes Indianos.
Tomemos em consideração que a produção se deu no inicio dos anos 80 e também que, para a época, a temática da infidelidade já era avançada para a filmografia Indiana. O próprio tema é trazido à trama através de uma justificação que até o mais acérrimo defensor da família fica a vacilar numa fronteira moral de menos fácil resolução. É portanto, com pés de pelúcia que se escandaliza o espectador para depois assegurar que os valores da família são maiores que os do amor. Eu concordo, embora não pela beatitude da família, mas mais pela falha de crença no amor.
A primeira parte faz lembrar um género de pré-Top Gun, com imagem de caças militares a descolar, a voar e a aterrar, com várias cores de céu ligada na mesma sequência. De vez em quando também se passa do anoitecer para o dia e de volta ao anoitecer e de novo ao dia durante o mesmo diálogo. Muito divertido para uns, assustador para outros.

O cartaz deste clássico resume na sua imagem o que se pode esperar do filme. Homem com duas mulheres no pensamento, uma vez com uma, uma vez com outra. A composição funde ambas as mulheres com o herói mas não esconde que o lugar da esposa legítima está acima do da amante. O seu olhar e postura demonstra que está certa da sua superioridade moral, enquanto a sua rival mostra um semblante que demonstra alguma insegurança e expectativa. Pode ser que ele encontre satisfação nos braços da mulher que ama, mas é a esposa que caminha ao seu lado, braço no braço, mesmo nas costas da outra.

Seja como for (e é um filme que me suscita carinho), há algo que não podem negar a este filme. Tem uma cena de Holi que é um mimo. Cá vai ela, para a colecção de holi songs que se vai fazendo neste masalico canto..


6 comments:

Rodolfo disse...

que bela interpretação psicológica do cartaz caro amigo; gostei mesmo!

bárbara disse...

Tenho a dizer que também gostei. Para alguém que não tem fé no amor, saíste-nos cá um sensível!

bárbara disse...

Há uma cena musical do filme Guru que é roubadíssima desta... não me lembro do nome...

Ibirá Machado disse...

"não tem fé no amor"?? Mas é? Pois realmente aqui ele se entrega!

E quando cenas de Holi não são mimos? Obrigado pelo post!

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...

Holi songs <3
tenho muita vontade de ver Silsila :D

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