Graças ao nosso amigo Ibirá, do blog Cinema Indiano, tive a oportunidade de ver o filme Being Cyrus, do qual apenas conhecia o cartaz.
Being Cyrus, a primeira obra cinematográfica do até então fotógrafo Homi Adajania, enquadra-se no chamado cinema paralelo indiano.
Como toda a gente sabe, a maioria do cinema indiano é descaradamente comercial. Mas de vez em quando os actores mais conhecidos e bem pagos dão uma perninha no cinema de autor e mostram o quanto valem a nível de representação. E normalmente não se saem nada mal.
Being Cyrus tem como protagonista Saif Ali Khan, um dos actuais meninos-bonitos de Bollywood. Saif é filho de Sharmila Tagore, actriz mega-popular nos anos 60 e 70 que começou a sua carreira em filmes do mestre Satyajit Ray. Ou seja, a arte pela arte corre na família.
Pois Being Cyrus é daqueles filmes sobre o qual não se pode contar muito sob pena de estragar a surpresa para quem ainda não o tenha visto.
E isto acontece porque ao longo dos seus 82 minutos de duração (dá para acreditar?) vamos acompanhando a personagem principal, o aprendiz olaria Cyrus, enquanto este vai conhecendo a altamente disfuncional família Sethna e de repente dá-se uma reviravolta da qual ninguém estava à espera.
Por isso apenas posso dizer meia-dúzia de palavras. Cá vai: está tudo muito bem filmado, as personagens retratadas com muito humor (negro, o mais possível), os actores são fabulosos, o argumento tem falas geniais e ficamos até ao fim sem saber o que sentir em relação ao que se passa.
E embora filmado no seio da comunidade Parsi (ou Parse), que fala Inglês, veste roupas ocidentais e vive em apartamentos - ou seja, não é exemplificativa da generalidade da Índia nem é particularmente pitoresca - nenhum outro filme me deu tanta vontade de ir passar uma temporada à Índia como este.
Tendo sido rodado inteiramente em Inglês (com uma propositada pitada de Hinglish aqui e ali), Being Cyrus merecia mais do que ficar confinado ao limitado mercado de DVD via Eros Entertainment.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Being Cyrus
Escrevi sobre: Being Cyrus, Cinema Indiano, Crítica, Homi Adajania, Portugal, Saif Ali Khan, Sharmila Tagore
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3 comments:
Maldita Eros entertainment!!!!!!!!!!!
UM dia desses assito esse filme...
Aaaaaahhhhhhhh! E é quase como o aprendiz que supera o mestre, pois eu passei o filme, mas ainda não o vi! :-o
Mas ei, para de me fazer tantas pressões assim! Quero férias!!!!!
Sim Pedro, Eros does not rule... E aquele logotipo irritante o tempo todo... Argh!
Ibirá, isso não pode continuar. Vá lá, este nem 90 mins tem...
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